COMO SALVAR O PRESENTE
Lançar um livro em plena pandemia é bem desafiador. Eu estou fazendo isso pela segunda vez.
No ano passado lancei o ebook “Como salvar o futuro”, e a aceitação foi tão boa que agora estamos lançando a versão impressa - ilustrada e com um capítulo novo. Já está disponível online em vários sites, como nesse aqui e em breve, após a reabertura do comércio, nas livrarias.
Quando falo que é desafiador, é porque diante de tudo o que estamos vivendo, existe não só a necessidade de descobrir e testar novos formatos, caminhos, mas principalmente encontrar uma forma de lidar com o que estamos passando. Mas nesse sentido, acho que um livro pode ser importante - para nos ajudar nos momentos de respiro, de reflexão e até de ação. “Como salvar o futuro” é um pouco sobre isso.
SAÚDE MENTAL
→ No último mês eu investiguei bastante sobre o tema da saúde mental. Não só como forma de aprender a lidar com a minha, mas também como pesquisa para outro livro que estou trabalhando. A minha coluna do mês na Carta Capital traz algumas pistas. Este texto tenta explicar porque as pessoas vão a festas.
→ Foi um mês no qual se falou muito sobre síndrome da impostora. Esse texto aqui desconstrói um pouco a visão de que se trata de algo somente individual, principalmente quando se trata de mulheres, e mais ainda quando se trata de mulheres negras.
→ Aqui eu falei um pouco sobre o que acontece também com a saúde mental dos homens - não só na pandemia
→ E o documentário “O silêncio dos homens”, fala também sobre os impactos estruturais. Aqui o filósofo Byung-Chul Han nos convida a aproveitar a crise que vivemos para uma revisão radical do nosso modo de vida
→ Entre a gourmetização da saúde mental e a psicologia fastfood - termos que descobri aqui - a positividade tóxica é algo que ainda anda reinando - para quem ainda não entendeu, foi o caso do post viral “7 maneiras para acreditar que tudo está perto do fim” que rodou por aí, completamente alienado da realidade, com informações falsas e desatualizadas, em troca de uma “esperança”, leia mais aqui.
FUTURO
→ “O mundo terá de lutar para proteger a liberdade de expressão e a democracia em uma era pós-pandemia se quiser construir um ‘verdadeiro sistema imunológico’ para a sociedade. O alerta é de Ai Weiwei (Pequim, 63 anos), artista chinês perseguido por seu governo. Em entrevista por zoom ao EL PAÍS um ano depois da declaração da pandemia, ele alerta que a China ‘venceu’ a batalha estratégica com o Ocidente e acusa o mundo de ter sucumbido aos interesses financeiros, abandonando valores e princípios”.
→ A maioria de nós gostaria de ver o que o futuro reserva. E embora isso não seja realmente possível, isso não impediu que algumas pessoas tentassem - geralmente com alguns resultados bastante otimistas. Veja aqui como 20 pessoas imaginaram o futuro. Eu conto ou vocês contam? rs
→ Eu acredito muito que o futuro será salvo a partir do autoconhecimento e da real noção do que é sustentabilidade. Esse texto “Crítica à subjetividade capitalista: autoestima, espiritualidade e amor em bell hooks” mostra para onde de fato devemos ir.
→ Para conversar e - refletir - sobre como chegamos até aqui e como construir um melhor futuro, começando agora, vou participar do TENSÃO, de @climaperestoika. Uma série de lives sobre consumo, política, viés insconsciente, mundo do trabalho, com uma turma que admiro bastante, vem ver.
TECNOLOGIA
→ E neste mês que entra eu começo como colunista oficial da MIT Technology Review, a maior publicação de tecnologia do mundo, que desembarcou há pouco no Brasil. Para meu primeiro artigo estou pesquisando sobre NFT. e vou compartilhar, antes mesmo do texto ficar pronto, um pouco do que achei, com vocês. Esse post feito pelo @santodecas.co é bem simples para entender. A versão completa está aqui.
→ Aqui a história do artista que vendeu uma obra por 69 milhões de dólares. Veja aqui quem já está apostando que em breve essa bolha vai estourar.
→ Entenda aqui os impactos deles para o planeta. Na ELLE Brasil saiu uma matéria boa sobre os impactos na moda.
DE OLHO NAS REDES
→ “Alguém precisa de mais uma?” Não, sei, ué… Cada pessoa sabe de si rs. E depois do ClubHouse (que parece ter sua curva já achatada aqui no Brasil), acaba de chegar a FAVES. A nova rede é uma plataforma onde criadores compartilham conteúdos que alimentam seus pensamentos - artigos, podcasts, tweets e muito mais. Também começa com uma lista de espera e você pode se inscrever aqui.
→ A economia de criadores é a que mais cresce no mundo veja aqui o mapa deste mercado, no qual mais de 50 milhões de pessoas se consideram criadores.
→ Enquanto isso, criadores de conteúdo estão “sendo confundidos” com profissionais de saúde mental, e isso é sério.
→ Para marcas, influenciadores e produtores de conteúdo: o manual de propaganda atualizado do Conar.
→ Turntable.fm está de volta - um site que permite aos usuários criar suas próprias estações de rádio e DJs com músicas que eles organizaram antes de serem fechados em 2013 .
→ Zoomfree. Sexta feira está proibido marcar reuniões por zoom.
ESCRIBAS
→ Escrever tem preenchido cada vez mais espaços na minha vida. Seja profissionalmente, ou como ferramenta de cura, através daquilo que ainda não mostro para ninguém. Para praticar e aprender, estou fazendo um curso de escrita criativa com a Go Writers e um grupo de estudo de contos com o casulo, com Leonardo Villa-Forte, autor de “Escrever sem escrever”. Super recomendo. Agora em abril vou fazer a edição do curso pocket da Tati Bernardi de autoficcção. Vamos?
→ Se você curte aprender com grandes autores, até 12/4, a Boitempo Editorial oferece o curso “Introdução ao pensamento feminista negro” e o ciclo de debates internacional “Por um feminismo para os 99%” em seu youtube. A programação conta com pensadoras como Judith Butler, Patricia Hill Collins, Preta Ferreira e Silvia Federici.
→ E se você se interessa por escrever - ou por ler - te indico dois livros que tem formatos bastante diferentes e vão te ajudar a abrir bastante a cabeça: “Se um viajante numa noite de inverno”, que insere o leitor de forma genial como parte da história E “O jogo da amarelinha”, que também nos convida a co-criar a história. Para se aprofundar, nesse podcast Gabriel Pardal nos fala sobre como saber com quem se está falando pode ajudar a encontrar uma voz na escrita.
→ Tenho me alimentado muito de leitura e lido ficção como nunca. Neste momento estou lendo “A paciente silenciosa”, um thriller digno de Hollywood (no bom sentido), que em breve vai virar filme. E começando a “A revolução dos bichos”, de George Orwell. Aqui você pode mergulhar em muitas outras histórias - literalmente um oceano de literatura e aqui você descobre uma nova forma de vender livros, pelo TIKTOK é o fenômeno do #Booktok. E se você não gosta ou não consegue ler, a nova coluna do buzzfeed pode te ajudar.
→ E depois de ler tanto, tenho começado a questionar de fato se a “não ficção existe”, se de fato existe algo que possa existir fora desta esfera. Exército francês contrata escritores de ficção científica para imaginar as "guerras do futuro" . Bom, mas isso é papo para outro livro.
RELATÓRIOS
→ Este mês rolou o SXSW o maior festival de inovação do mundo, de forma online. Publiquei no meu insta um brevissimo resumo.
→ Aqui você encontra um report completão, feito pelo The Future Today institute, que analisou cerca de 500 tendências de tecnologia e ciência em vários setores da indústria. A Debora Bregolin fez alguns resumos em seu insta. E o pessoal do OCLB também.
→ Este estudo da Edelman avaliou os impactos da pandemia e da infodemia na confiança das pessoas e na vacinação. Mostra que os brasileiros se dizem mais preocupados com as mudanças climáticas do que em pegar Covid
LISTAS
→ Agora, se você busca refresco e esperança, aqui com alguns projetos bem inspiradores.
→ E aqui, um outra lista, com formas de ajudar pessoa na pandemia.
→ Aproveitando a recuperação da memória de Carolina de Jesus pela editora Companhia das Letras, que republicará todos os seus romances a partir de 2021, a Elástica fez uma lista com escritoras negras para você incluir na próxima leitura
→ Trabalhos de 9 artistas e criadores cujas práticas incluem trabalhos baseados no tempo. Para iluminar um pouco e nos ajudar a entender o que é, tempo em um ano que já teve muitos nomes.
→ Aqui as músicas que influenciaram Basquiat. Aqui o panorama atual da música africana. E aqui 10 músicas que importam agora. Eu vi essas três dicas na newsletter do Hysteria.
→ 5 youtubers brasileiros que falam sobre livros e aqui 21 fotografos brasileiros que você precisa ter no radar, listados na I-D por, @igiayedun