Neste sábado será o lançamento oficial do meu sexto livro “A marca imita a vida – como deixar a sua marca no mundo”. Vai ser um evento especial, na rua, em uma antiga banca de jornal, agora revitalizada pela Kiro - empresa B Certificada, de bebidas sem álcool - com pocket show especial do Castello Branco e apoio da Nude ~leite~ feito de aveia, sem ingredientes impróprios e baixa pegada de carbono.
Em tempos no qual cada vez mais marcas buscam se humanizar – com propósito, causas, personalidade... - e pessoas estão se tornando marcas (mesmo que não queiram) “A marca imita a vida” aborda a construção de marcas pessoais, para traçar carreiras consistentes e deixar um legado. Você já pode comprar online aqui.
No livro você vai encontrar ensaios, exercícios, cases, entrevistas com pessoas inspiradoras - como Mari Krüger, Facundo Guerra, Thai de Melo, Gessica Justino, Fe Cortez, Caio Braz, Kamila Camilo... além da metodologia que tenho usado para guiar a minha carreira e aplicar em mentorias e consultorias para grandes marcas.
Se você quiser me levar para fazer uma palestra ou evento de lançamento da sua cidade também ou na sua empresa, é só responder esse email.
#MeChamaQueEuVou
A ansiedade climática é um problema urgente e cada vez mais comum. Todos nós já nos sentimos deprimidos, preocupados ou ansiosos depois de ler alguma notícia sobre as mudanças climáticas. E a manifestação coletiva desse sentimento impacta não apenas no nosso estado mental, mas também na forma como enxergamos o futuro. Como apontou a Folha, a “ecoansiedade” está fazendo muitas mulheres brasileiras repensarem a possibilidade de ter filhos.
Mas será que a essa ansiedade também não é um sinal que reflete nossos privilégios em relação às mudanças climáticas? A revista Grist trouxe essa discussão na última semana, evidenciando a complexidade das várias formas como as alterações climáticas mexem com a gente como pessoas, indivíduos e parte de uma sociedade.
Kate Schapira tem ouvido e aconselhado pessoas a respeito da ansiedade climática por mais de 10 anos, e aponta uma questão delicada envolvendo as suas rodas de aconselhamento: Muitas pessoas só estão preocupadas na forma como as alterações climáticas podem prejudicar suas vidas ou a de seus netos no futuro, mas não estão interessadas em discutir os impactos que já acontecem hoje, com outras pessoas.
A Grist aponta que a popularização da cultura terapêutica, a explosão do complexo industrial de autocuidado e o isolamento da pandemia da COVID-19 prepararam o terreno para uma estrutura muito autocentrada e individualista para entender nosso lugar em um planeta alterado. É ético focar em nós mesmos e em nossos sentimentos, quando os danos reais da mudança climática estão muito sobre pessoas que não têm tempo para se preocupar com isso?
É perfeitamente compreensível e aceitável que a gente se sinta preocupado, triste ou deprimido com a degradação dos ecossistemas globais, principalmente quando sabemos da influência humana nessa degradação. A questão não é se devemos ou não nos preocupar, mas sim como lidamos com esse sentimento. Afinal, se a ansiedade climática for vista como o fim da questão, a trataremos apenas com soluções individuais que nos ajudam a lidar com os sintomas, mas não mudam a questão central que originou eles.
No livro ‘Clima, psicologia e mudança’, os autores argumentam que a criação de uma mentalidade de fortaleza e impede que aqueles no Norte Global (maiores responsáveis pela crise climática) tomem as medidas necessárias. No fim, todos nós ficaremos ansiosos sobre o futuro - o que nos resta é escolher se vamos usá-la para pressionar a ação ou para a paralisação e fuga. Você concorda com essa visão?
No mês passado, a Nova Nordisk, empresa fabricante do Ozempic, passou a LVMH como a empresa de maior valor da Europa. A medicação originalmente usada para Diabetes Tipo 2 cresceu absurdamente em popularidade nos últimos 2 anos quando começou a ser mais utilizada para emagrecimento, tendo seu uso endossado por muitas celebridades. Como aponta o pesquisador de tendências Matt Klein, o próprio remédio virou um ícone da cultura pop.
Sem entrar em todo o impacto real que o medicamento pode ter e já está tendo na vida de muitas pessoas que realmente sofriam com tratamentos nem sempre eficazes para a obesidade, é inegável que o boom do Ozempic tem dificultado o acesso ao medicamento para as pessoas que precisam dele (não apenas para a obesidade, mas também para diabetes), e também tem sido usado também por celebridades magras que desejam emagrecer ainda mais, trazendo de volta o culto à magreza que vimos imperar nos anos 90 e 2000.
Nas redes, se tornou comum que as sessões de comentários de celebridades sejam inundadas com alegações e dúvidas quanto ao uso do medicamento (o que nem sempre é revelado abertamente), criando em paralelo uma cultura de “caça” às pessoas que supostamente usam o medicamento em segredo, causando no público uma sensação de que estão sendo enganados.
Como mostrou o mais recente relatório de inclusão de tamanhos de moda masculina da Vogue Business, a inclusão de tamanhos nas passarelas está retrocedendo este ano. Ao longo dessa última temporada de desfiles, apenas três de 65 marcas (4,6%) incluíram pelo menos uma modelo plus size. Quatro temporadas atrás, durante a temporada AW23 em fevereiro de 2023, oito desfiles de 69 (11,5%) apresentaram pelo menos uma modelo plus size. Analistas concordam que a influência da cultura pop do medicamento para a perda de peso está dando às marcas de moda uma “licença” para se concentrarem novamente no tamanho magro.
Isso significa que as pessoas devem deixar de tomar o remédio e não tem o direito de emagrecer? De maneira nenhuma. Mas vale a pena refletirmos sobre o papel que as celebridades e influenciadores têm desempenhado na transformação do medicamento em um objeto de desejo e um item de luxo - já que há diversas alegações de que o remédio pode ser vendido sem receita por preços altíssimos, justificando como pessoas conseguem comprá-lo mesmo sem a recomendação médica.
Como aponta a CNN, a gordofobia não é um problema antigo. A diferença é que com a ascensão de uma “solução milagrosa” para atingir a magreza, a nossa cultura já gordofóbica encontra uma “permissão” para demonizar ainda mais as pessoas gordas. Vale lembrar que a existência de pessoas magras ou “ex-gordas” não nos dá o direito de odiar pessoas gordas. Independente das escolhas individuais, estilos de vida, questões de saúde ou aparência, todas as pessoas têm o mesmo direito de existir sendo respeitadas na sociedade. O que você acha dessa questão?
Vale a reflexão que não há estudos que demonstrem o impacto do Ozempic no organismo em longo prazo para quem não tem diabetes. Ou seja, continuamos a judiar do corpo e a colocá-lo em risco por causa de um padrão maluco e para nos sentimos amados.
assuntos importantes demais <3