→ Vamos falar de moda nacional?
A SPFW N54 aconteceu buscando trazer mais destaque para novos talentos da moda nacional. A marca Depedro, do Rio Grande do Norte, desfilou pela primeira vez com a ideia de trazer um novo olhar para o sertão brasileiro, para além do estereótipo da seca.
Outra estreante foi a marca TA Studios, participante do projeto Sankofa, que vem atuando para aumentar a equidade de raça nas marcas participantes do evento. Em 2019, o SPFW reunia apenas 3 marcas comandadas por estilistas negros (Apartamento 03, Isaac Silva e Angela Brito), de um total de 25. Na atual, o número subiu para 13 em 51.
A inclusão de novas narrativas na moda propõe um olhar mútuo para a ancestralidade e para o futuro ao mesmo tempo, como forma de imaginar o futuro reescrevendo os erros do passado. Nessa discussão, o afrofuturismo é uma fonte inesgotável de referências, trazendo a convergência entre a ancestralidade afro-centrada com projeções sobre o futuro.
→ Esse movimento artístico e cultural tem ganhado cada vez mais os holofotes. Recentemente, o Wired Festival Brasil, evento de criatividade que aconteceu neste mês de novembro, teve um painel dedicado a discutir o assunto. O lançamento do filme Pantera Negra 2 trouxe no figurino uma mescla de trajes originários de tribos africanas como os Maasai e os Ndebele com elementos de ficção científica.
→ O projeto fotográfico Oiaras retrata a força estética da mulher Amazônica, trazendo a floresta e os elementos femininos para o centro. As fotos traduzem uma espécie de “futurismo amazônico”, com a criação de um novo imaginário que respeita a floresta ao mesmo tempo em que se relaciona com a atualidade. Vale a pena conferir o ensaio todo.
→ Cansado (a) de estar cansado (a)?
Pois acredite, não é só você. O excesso de atividades, que descamba em um tipo de estafa psicológica, se acentuou ainda mais durante a pandemia e consiste em um tipo de estafa física e mental que parece tomar conta da vida de muita gente. “O trabalho só é feito após baldes de café; o cuidado com os filhos é desgastante; e até sair de casa para fazer coisas que dariam prazer, como encontrar os amigos, pode se tornar um peso”.
Se você se identifica vai gostar também desta matéria sobre “porque estamos tão cansados”, que encontrei no Nav, portal de conteúdo gratuito oferecido pela Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil.
O portal oferece conteúdo sobre saúde, dividido nas editorias Corpo, Mente, Eco, Trend e Covid-19, para todas as pessoas interessadas no tema - sejam elas usuárias do Nav ou não. E o melhor, não fica apenas nos “problemas”, como também nos aponta caminhos.
Na matéria “Mindfulness: o que é e como aplicar no seu dia a dia” eu encontrei soluções praticas para focar no presente e me desconectar dos problemas, principalmente na hora de dormir. Para ler mais clique aqui.
#ConteudoPatrocinado
→ Você já ouviu falar no termo ‘Brazilcore’?
Essa é uma tendência que tem bombado nas redes sociais, sobretudo no Tiktok, e traz os elementos visuais do Brasil e das cores nacionais para o centro de uma estética modernizada. Junto com a tendência, veio a discussão sobre whitewashing, já que o uso de camisetas de futebol e outros elementos nacionais já era bem comum nas periferias brasileiras.
A historiadora Giovanna Heliodoro apontou que “Brazilcore é o nome dado para uma estética que, mais uma vez, surge nas favelas e só passa a ser reconhecida quando as pessoas brancas e/ou da ‘elite da moda’ passam a utilizá-la.” E aí, o que você acha sobre o assunto?
Aquele momento ~energia de final de ano~ já está na porta - e junto com ele, vem as previsões do que será que vem pela frente. A WGSN publicou o estudo ‘Home Lifestyles 2025’, que parte do ambiente da casa como ponto-central de trabalho, estudo e vida social, para entender como essa nova relação com o ambiente se traduz em novas oportunidades e tendências de negócios.
Já a FFW fez um apanhado com as dez principais tendências para o verão de 2023 - levando em consideração o que tem sido visto nas redes sociais, nas ruas e nas passarelas. Falando em beleza, o New Yorker está questionando: pensando nos padrões estéticos irreais impostos pelo uso de filtros nas redes sociais, o que podemos esperar das tendências de beleza do futuro? Confira aqui.
→ Fim de ano também combina com viagens - e a Exploding Topics levantou as principais tendências de viagens para os próximos 3 anos. Entre elas, a busca por viagens solo tem aumentado, assim como o interesse por viver experiências locais para além dos passeios convencionais voltados para turistas.
A sustentabilidade tem sido outro tema de interesse crescente para viajantes. Viagens sustentáveis envolvem a minimização do impacto no ambiente cultural local, como a redução da pegada de carbono, e também a adoção de uma abordagem ecológica para o ambiente físico.
Uma pesquisa do Booking mostrou que quase 70% dos viajantes dizem que são mais propensos a reservar acomodações se souberem que a propriedade é amiga do planeta.
Se interessou? Confira o Guia para Iniciantes em viagens sustentáveis publicado pela NatGeo, além das dicas do NY Times para tornar as viagens convencionais mais sustentáveis, incluindo aonde você vai, o que leva na mala e como decide chegar lá.
Por exemplo, encontrar aventuras locais, como caminhar em cantos inexplorados de seu bairro ou visitar museus em sua cidade, está entre as formas mais ecológicas (e econômicas) de viajar. Se você quiser se aventurar um pouco mais longe, considere de deslocar por algumas horas até uma praia ou floresta. Mesmo uma pequena aventura pode parecer um mundo distante. Além disso, valorizar o turismo nacional é uma boa forma de estimular a cultura local.
→ A Copa do Mundo começou - e trouxe com ela um monte de discussões no mínimo bizarras. Além das acusações de corrupção na escolha do Catar como sede, o foco mundial para o país fez com que muita gente ficasse sabendo pela primeira vez dos problemas que acontecem por lá - sobretudo acerca da criminalização da homossexualidade.
Para exemplificar, o Código Penal do Catar prevê até 3 anos de prisão para homens que fizerem sexo com outros homens. A organização Human Rights Watch documentou ao menos seis casos de espancamento de pessoas LGBTQIA+ em 2019, além da exigência de que pessoas transgênero se submetessem à terapia de conversão sexual.
Em protesto, alguns jogadores de seleções participantes da Copa resolveram organizar uma manifestação silenciosa contra a opressão no país. A Fifa chegou a proibir que jogadores usassem uma braçadeira com as cores do arco-íris.
Por conta disso, diversos torcedores tem organizado campanhas de boicote ao evento - e até artistas se recusaram a participar. A última vez que uma Copa foi boicotada assim foi nos anos 70, quando o mundial foi realizado na Argentina em plena ditadura militar. O documentário ‘Esquemas da Fifa’ na Netflix discute os casos de corrupção e o histórico de despolitização social ligado ao futebol mundial.
→ Como se não bastasse, um novo relatório da Carbon Market Watch aponta que o governo do Catar e a Fifa tentaram enganar o público ao subestimar as emissões de carbono. Além disso, uma matéria do The Guardian denunciou que cerca de 6500 imigrantes morreram devido às condições exploratórias de trabalho durante as construções para a Copa. Parece que ficou bem difícil defender.
→ Por falar em crimes, você já reparou que o gênero de ‘true crime’ explodiu nos últimos anos?
Segundo levantamento da empresa de rastreamento de mídia global Parrot Analytics, as séries documentais cresceram 63% entre janeiro de 2018 e março de 2021, sendo o true crime o maior subgênero da categoria e o que cresce mais rápido entre todos os outros.
No Brasil, podcasts como ‘A Mulher da Casa Abandonada’ e ‘Caso Evandro’, além de séries documentais como ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniela Perez’ viralizaram nos últimos anos, aumentando as produções do gênero. Mas o que está por trás do sucesso desses temas?
Para o sociólogo Dmitri Cerboncini Fernandes, o interesse pode surgir do fato de vivermos em um tecido social violento, onde crimes são cotidianos - assim, nos interessamos em saber o que acontece por aí. Além disso, casos criminais podem gerar a discussão sobre a violência urbana de forma mais aprofundada, fomentando assuntos importantes para a sociedade.
Porém, quando a curiosidade no tema se torna puro entretenimento, pode gerar o efeito nocivo de espetacularização do crime e do criminoso, além de expor de forma negativa a imagem das vítimas. Recentemente, o sucesso da série ‘Dahmer’ na Netflix fez com que várias pessoas usassem a fantasia do serial killer no Halloween.
→ Para levantar o astral, vem conferir o compilado de notícias boas do último mês.